P�ginas

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Máquina do tempo


Se eu pudesse voltar no tempo eu mudaria muita coisa! Teria ido aquele encontro que não fui, teria perdoado mais, ouvido menos os disse me disse, teria dado uma chance para ele falar, não teria gritado tanto, teria perdoado mais brigas que achava que não tinha perdão, teria ido embora ao invés de ter insistido na permanecia. Teria soltado ao invés de ter dito: fica!
Se eu pudesse voltar atrás eu teria me entregado menos a algumas coisas. Teria levado as coisas menos a serio e teria rido de mim mesma, ao invés de chorar pelos cantos, teria levado na esportiva. Teria ido atrás daquela amizade que por bobagem se separou e por orgulho não voltou, teria me jogado na pista e dançado como o amanhã não existisse, sem me preocupar com os olhos de quem condena um simples passo, teria roubado um beijo e confessado aquele amor platônico.
Teria aproveitado mais o tempo de escola ter brincado mais sem ficar querendo dá uma de madura tão cedo, teria me permitido aos tropeços que enquanto temos a adolescência podemos usa-la como desculpa. Teria magoado menos com minhas crises de raiva, respirado mais fundo e teria deixado pra lá certas coisas, certas pessoas!
Se eu tivesse uma máquina do tempo acho que faria tudo diferente! Mas, pensando bem, melhor não! Nem voltaria pra o passado, nem correria para o futuro, melhor dizendo, acho que não mexeria em nada, melhor viver o presente com calma. As coisas tinha que ser assim, coisas boas ou tristes tiveram que acontecer para me transformar e hoje eu pensar como penso, agir dessa forma, ter crescido, amadurecido na dor ou no amor.
Lembranças existem dentro de nós, e nos faz pensar: Eu poderia ter feito diferente! Boas ou más elas estão ali e já não podem mais ser mudadas, existiram e estão no pretérito e hoje apenas são memorias! Hoje possuo uma bagagem onde carrego marcas que me deram experiência e sussurram ao meu ouvido onde eu devo pisar ou não, em quem eu devo confiar ou não de novo. Não que eu esteja livre dos erros, ou que irei viver situações tão boas quanto aquelas, posso viver melhores ou errar de novo. A máquina do tempo não resolveria meus problemas. O que vale é o que irei fazer a partir de agora, e hoje posso fazer tudo diferente, ou deixar como estar. Não é a maquina que irá mudar a minha historia, será minha força de vontade. As coisas, pessoas, situações podem até não mudar, mas eu, isso sim, posso mudar.

Layssa Santos


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Meus escritos!


Sinto falta de minhas leituras, dos meus escritos. Na verdade sinto falta de mim quando me afasto dela, da escrita! A vida corrida, tantos compromissos vão me fazendo deixar de lado algo que me faz me sentir mais viva, onde eu expresso os mais íntimos, loucos e sinceros sentimentos. Onde eu posso tantas vezes me encontrar, me refazer apenas com uma caneta e papel. Hoje em dia com a página do word!
Mas é lá, ou melhor, aqui que transcrevo sentimentos e emoções em meio aos meus delírios, devaneios, mas todos com os pés no chão, pés estes que possuem asas prontas para saltar, ou voar por ai só para sentir o gosto do doce de ser feliz. Sei que vou provar os amargos, sem gosto, açucarados demais, não me privo deles, me lanço até a achar a dose certa.
Nos meus escritos posso ser tantas, posso ser todas, nenhuma, um pouco de cada. Posso ser aquela corajosa, destemida a que joga tudo pra o alto e vai, mas posso ser a cautelosa, com lágrimas nos olhos que diz NÃO!
Posso ser quem eu quiser, vai depender do dia e da hora. Posso ser quem eu queira que você ache que eu sou. Escrever para mim não é um oficio árduo, mas é o remédio que me deixa em êxtase, arranca sorrisos dos meus lábios, sossega o coração, acalma! Sem isso não sou completamente feliz. É como faltasse um pedaço de mim!
Então me desculpem os compromissos, o que e quem me espera. Preciso recargar minha bateria, me encher de luz, me fazer feliz, minha alma quer falar, preciso voltar aos meus escritos! E como diria a Lispector, “Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida”. Pois bem, assim estou aqui a escrever...

Layssa Santos


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Vem cá!


Vem cá! Senta aqui! Preciso te dizer que aquela menina se tornou uma mulher e está mesma mulher não perdeu a essência de menina, que apesar de tudo ela aprendeu, cresceu sem abandonar a magia de ser criança e de brincar de roda.
Que ainda possui ternura nos olhos, apesar de tantos arranhões. Não perdeu o encanto de sonhar, mas abandonou o salto de cristal e pôs os pés no chão, preferiu encarar a realidade a dar trela pra ilusão.
Renovou seus votos com a fé, continuo a acreditar naquilo que fazia seu coração acelerar, se encheu de força e foi encarar o mundo sem medo, até tropeçou e chorou, mas se levantou e persistiu ate alcançar seu sonho.
Recomeçou inúmeras vezes, sem medo de novos cortes e aprendeu com as cicatrizes que a vida lhe deu que é impossível não se machucar, mas é inadmissível não se permitir ser feliz. E que após cada lágrima sempre virá à alegria por isso ela sempre dizia: o importante é tentar! E assim ela foi tentando, se arriscando, caminhando com é e como se fez, vivendo e sendo feliz!
Vem cá! Ainda preciso te contar que aquela mesma mulher que ainda sorrir como menina aprendeu a gostar de si a cada dia mais, e já não é mais a mesma, mudou, cresceu, amadureceu! Mas, o mais importante foi que ela aprendeu que o que mais vale é estar de bem com ela mesma e ser feliz não importa a hora, nem como, nem com quem é tudo isso que aquela menina queria te dizer, hoje transformada em mulher. Ela sou eu que te diz isso hoje não mais com a voz embargada nem tremula, mas confiante, se valorizando e com um enorme sorriso nos lábios.


Layssa Santos

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Ai de mim...


Ai de mim se não fosse esse meu jeito de gostar de mim, me valorizar, não deixar ninguém me maltratar, nem pisar, mas isso só aprendi com um tempo, devagar, mas ainda bem que aprendi porque se não o que seria de mim!
Ai de mim se eu não acreditasse nos meus sonhos, mesmo quando o vendaval passa e me faz pensar que não vou conseguir logo me encho de fé, e o que seria de mim sem ela que me dá esperanças e sopra no meu ouvido: Vai! Você vai conseguir.
Ai de mim se não fosse essa minha estranha mania de acreditar que vai dá certo, não importa o jeito, mas sei que vai dá! Ai de mim se não fosse esse outro ângulo de ver a vida, tentar enxergar o lado bom das coisas, mesmo que aparentemente não tenha nenhum lado bom de ter acontecido aquilo, mas esse “aquilo” teve um por que de ter acontecido.
Ai de mim se não fossem amigos, aqueles poucos que sabem ser abraço quando preciso, arrancam sorrisos quando precisamos esquecer coisas e lembrar outras, enxugam as nossas lágrimas sem criticar apenas sendo amigos.
Ai de mim se não fosse essa vontade de viver a vida assim como ela é, sem medo, sem receio das mudanças porque sei quando elas acontecem são para melhor, das quedas porque sei que é necessário para aprender e sei vou me reerguer.
Ai de mim se não fosse essa coragem que Deus me dar de seguir, de acreditar e saber que as coisas irão melhorar tudo vai passar que tudo tem um começo, mas também seu fim e que posso sempre recomeçar!
Ai de mim se não fosse esse meu jeito de sempre tentar sorrir pra vida, mesmo ela me dando mil motivos pra desistir, confesso que choro, mas, enxugo as lágrimas e vou continuando a espalhar sorrisos por aí. Continuo tendo esperanças, a minha fé me faz seguir.


Layssa Santos

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Lado A, lado B



Tem dias que quero colo, abraço apertado, um toque!
Tem dias que quero ficar quieta, em silêncio, sozinha só com meus pensamentos.
Tem dias que quero jogar tudo de lado, ficar de frente a tv comendo pipoca ou simplesmente ficar mais tempo debaixo do coberto.
Às vezes tenho dias de inquietação que tudo que não quero é ficar parada, prefiro sair por ai!
Há dias de loucura, dias de doida de tudo menos santa! Femme fatale! Sangue quente! Coloco um batom, visto aquela roupa, coloco um salto, me sinto poderosa, quero provocar, quero enlouquecer, juntos!
Tem dias que quero ficar de cara lavada, descalça, simples, nem aí pra nada.
Tem dias que estou arisca, com raiva de nada e de tudo, uma vontade de gritar e colocar pra fora esse aperto do peito!
Tem dias que me sinto uma menina indefesa, frágil! Choro!
Tem dias que sou doce, outros estou chata! Transparente e do nada ninguém me entende, confusa!
Tem dias que dá vontade de fugir, sumir! Em outros dá vontade de nunca mais sair daqui!
Tem dias que quero tudo, te quero pra sempre, outros quero nada e nunca mais te ver, que raiva de você ( Só pode ser a Tpm, ou porque você fez alguma coisa)!
Tem dias que quero sair da rotina, outros quero as mesmices dela!
Tem dias que me sinto fraca, depois forte, sentimentos se misturam, me perco e ponho tudo no lugar, me acho!
Sou uma mulher normal, com imperfeições, não pretendo ser perfeita! Possuo lado A e lado B, com vários ritmos, dos mais calmos aos mais acelerados, tenho dias extremamente iguais, outros diferente do normal.
Se estarei usando o lado A ou B tudo irá depender do humor, da vontade, irá depender do dia. Ao entrar no meu mundo já aviso dos riscos e prazer de viver dentro dele, assuma todas as responsabilidades e me tenha  assim como eu sou, com todos meus balanços, tons e lados em todos meus dias, juntos encontraremos um compasso e formaremos uma linda canção!


Layssa Santos