Dentro de cada
pessoa existe um pouco de vilã, mas, também de mocinha de novela. Não há ninguém
completamente bom, tão pouco alguém totalmente mal. Possuímos mil e um defeitos
e várias qualidades. Por mais que seja difícil falar do nosso lado negativo, ou
até dos positivos, o fato é que somos feitos deles.
A imperfeição
nos compõe! Desculpe-me os perfeccionistas, porém até esses não conseguem a completa
perfeição. Cometemos erros e acertos. O difícil é nos encaramos em frente ao
espelho e admitirmos que seja necessário abaixar o dedo e pararmos de apontar apenas
o outro, porque também temos nossos momentos de chatice, de sermos ranzinza, de
em algum instante pisar na bola, de vacilar! De falar coisas que magoamos sem
querer, e até às vezes querendo. Por vezes damos a mão e ajudamos ao outro, por
outras a mágoa nos invadi e o rancor domina.
Não tem como
acertar e agradar toda hora, apesar disso, existe como sermos honestos,
verdadeiros, admitirmos nossas falhas e tentarmos sermos pessoas melhores. Não
estou falando de ser aquelas típicas mocinhas das novelas que chegam a ser
bobas por não conseguirem enxergar a verdade em sua cara, tão pouco daquelas
vilãs perversas que saí fazendo maldade com todo mundo que encontra pela frente.
No entanto, que possamos desenvolver o nosso melhor e crescer como ser humano.
O mundo está
cheio de falsidade, pessoas que na sua frente te enchem de elogios e por trás
te esculacham. Que na primeira oportunidade puxam seu tapete, de gente
egocêntrica, arrogante e individualista. De pessoas que te abraçam se dizem
seus amigos, entretanto possuem atitudes contrárias. De gente que fala demais,
mas não sabe ouvir a pessoa ao lado. Que te abandona quando você mais precisa.
Com certeza, você deve estar de saco cheio de dá de cara com pessoas que são assim.
A intenção não
é fazer um discurso politicamente correto, pois o “certinho” não atrai. Eu sou
tão imperfeita como qualquer quer um. A ideia é que mesmo você esteja saturada
disso tudo, é que possas ir de encontro a sua verdade, ao reconhecer suas
falhas, por quantas vezes também errou, contudo há esperança. Somos seres
inacabados, em constantes transformações, e assim, podemos escolher entre
melhorar ou retroceder.
Não é buscar a
plenitude da perfeição, porque um pouco de insensatez também é bom. Cometer
aquelas loucuras que adocicam a vida é recomendado e necessário. Vamos fazer a
escolha de não sermos mais um desses antagonistas, e sim sermos pessoas que não
prejudicamos ninguém. Dessa maneira, saberemos usar as nossas melhores armas,
que é saber reconhecer que somos seres em desenvolvimento e estamos aqui nesse
mundo para aprender a cada dia um pouco mais. E, com essas lições que a vida
nos dá, as possamos usa-las da melhor forma. Assim, no final nem mocinha nem vilã,
mas nos reconhecermos como um ser humano inacabado, em evolução que tem por
função hoje, ser melhor que ontem.
Fábia Layssa