Dia desses li
a coluna de um jornalista do qual gosto muito, o Ivan Martins e um dos seus
textos tinha esse titulo “Meus queridos erros”. Antes de continuar a leitura
fiquei a pensar nos meus erros, e o que eu posso dizer que foi um erro? Como
dizer o que foi errado e o que foi um acerto? Quando identificamos em que erramos
temos crise de raiva, desgosto, decepção os julgamos malditos. Nos enfurecemos
com nós mesmos, com os outros e não queremos lembrar nem falar, apenas passar
um borracha.
Mas, é melhor
não usar a tal borracha, nem rasurar apenas deixar como estar porque depois
quando o efeito da dor do erro passar poderá olhar pra trás e ver o que deve
mudar. Quando as dores trazidas pelos erros passam até achamos graça do que se
foi dito, feito e até de nós mesmos.
Por que então
os erros seriam queridos? Porque são com eles que aprendemos. E afinal, como adivinhar
que são erros? Poderiam ser acertos! E tudo depende do posto de vista, o que
pra mim é um erro pra você pode ser um acerto ou vice e versa.
Há os erros! O
que seriam de nós sem eles! Não temos como sempre acertar, e os outros uma hora
ou outra irão falhar conosco. Em algum momento iremos nos doar demais a alguém que
não merecia, ou não era pra tanto (incluído amigos, amores, pessoas que
encontramos em nossas vidas), falhamos e também eles irão falhar. Não estamos
livres disso!
Os erros se
tornaram queridos porque nos fazem enxergar qual caminho pegar e qual deve
deixar passar, aonde temos que nos esforçar mais e as coisas que devem ser
deixadas pra lá. A não se importar tanto com os outros e sim em ouvir o nosso coração,
ou a razão, ou ter uma conversa séria com os dois e depois decidir o que é
melhor pra nós. Eles também mostram o que e quem vale apena.
Devemos todos
fazer as pazes com as lembranças dos erros cometidos, e depois de conseguir
vale lembrar que não estamos livres de cometê-los novamente, quem foi quem
disse que não podemos errar de novo? O erro amadurece, mas a vida é cheia de
surpresas e pra quem se arrisca a viver com todos os V maiúsculos o erro sempre
será uma possibilidade. Mas, tudo irá
depender da forma com que encaramos nossos erros, ou ficamos a nos lamentar ou
transformamos em acertos, assumindo eles, tentando ver o lado bom das coisas,
tirar uma lição daquilo tudo, e enxergar o que aquele erro cometido nos ensinou,
transformar em experiência e reinventar um novo caminho, redirecionar nossos
passos, utiliza-los como degraus.
Layssa Santos