Sinto falta de
minhas leituras, dos meus escritos. Na verdade sinto falta de mim quando me
afasto dela, da escrita! A vida corrida, tantos compromissos vão me fazendo
deixar de lado algo que me faz me sentir mais viva, onde eu expresso os mais
íntimos, loucos e sinceros sentimentos. Onde eu posso tantas vezes me
encontrar, me refazer apenas com uma caneta e papel. Hoje em dia com a página
do word!
Mas é lá, ou
melhor, aqui que transcrevo sentimentos e emoções em meio aos meus delírios, devaneios,
mas todos com os pés no chão, pés estes que possuem asas prontas para saltar,
ou voar por ai só para sentir o gosto do doce de ser feliz. Sei que vou provar
os amargos, sem gosto, açucarados demais, não me privo deles, me lanço até a
achar a dose certa.
Nos meus
escritos posso ser tantas, posso ser todas, nenhuma, um pouco de cada. Posso
ser aquela corajosa, destemida a que joga tudo pra o alto e vai, mas posso ser
a cautelosa, com lágrimas nos olhos que diz NÃO!
Posso ser quem
eu quiser, vai depender do dia e da hora. Posso ser quem eu queira que você
ache que eu sou. Escrever para mim não é um oficio árduo, mas é o remédio que me
deixa em êxtase, arranca sorrisos dos meus lábios, sossega o coração, acalma! Sem
isso não sou completamente feliz. É como faltasse um pedaço de mim!
Então me
desculpem os compromissos, o que e quem me espera. Preciso recargar minha
bateria, me encher de luz, me fazer feliz, minha alma quer falar, preciso
voltar aos meus escritos! E como diria a Lispector, “Eu escrevo como se fosse
para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida”. Pois bem, assim
estou aqui a escrever...
Layssa Santos