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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Não vale a pena

Ei, Você queria te dizer que não vale a pena ficar chorando pelos cantos, reclamando, cutucando, remoendo, revirando sentimentos, sofrendo por certas pessoas, relembrando certos casos.
Não vale apena estar correndo atrás de quem não te enxerga não te dá valor, de quem sempre provoca choro e você cai em prantos. Não vale a pena ouvir sempre as mesmas desculpas, acreditar nas velhas promessas nunca cumpridas. Não vale a pena recaídas, não vale a pena se sentir uma boba presa a uma história que causa um caos em sua vida. Não vale a pena em insistir nos amores mal resolvidos, em amores mal amados.
Não vale a pena em insistir em companhias que só sabem ser presentes quando precisam de você, em amizades que só envenenam, e te põe pra baixo, em insistir em pessoas que quando você mais precisa, não estão ali. Não vale a pena quem não vale um tostão.
Não vale a pena guarda rancor, nem mágoas, mas olhe para seus arranhões e que eles te sirvam de lição. É difícil, eu sei! Mas não mexa nas feridas, vire a página e deixa pra lá. Siga sua vida e vá em busca do que realmente te faz feliz, desapega do que não vale a pena e esteja por perto de quem realmente vale.

Layssa Santos 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Cansa


Chega uma hora que cansa! Vou confessar que essa hora chegou, ando cansada de suas promessas nunca cumpridas, de esperar por sua mudança, cansada de pedir, de reclamar, de esperar!
 Ando cansada de amizades que só me coloca pra baixo, daquelas que apenas procuram quando precisam, e daquelas que mais parecem que ficam cruzando os dedos pra os nossos planos não darem certos.
Ando cansada de fazer questão de esta perto de pessoas que não faz questão de minha presença, estou falando desde a amigos a amores. Estou cansada de estar me importando com tudo e com todos e esse sentimento não ser recíproco. De não ser reconhecida.
Ando cansada de suas mentiras, de esperar muito dos outros de criar expectativas e depois quebrar à cara, de falsas ilusões, de me decepcionar, ficar magoada e chorando de novo.
Ando cansada de ter que bancar a forte. Eu não sou sempre um rochedo, sou humana, tenho minhas fraquezas e é justamente admitindo minhas fraquezas que me torno mais forte e assim confesso que ando cansada de amores mal resolvidos, de amigos duvidosos, de sorrisos falsos, de pessoas que só sabem criticar, ando cansada de certas coisas e de certas pessoas. Então, a melhor coisa a fazer é pega-las e jogar fora, jogar tudo no lixo, me desfazer daquilo que me incomoda, de abandonar o que já não cabe em mim, deixa pra lá o que não mais me faz bem, sem ressentimos, muito menos culpa.
Uma hora cansa, e agora tanto faz não adianta desculpas, nem insistir, já chega! E atenção! Pra ter uma vida mais saudável, o ministério da saúde afirma, não se lamente, aja! Sendo assim, irei agir e já! Posso ate fraquejar, e me encher de tudo, mas, irei escolher em abandonar o muro das lamentações e optar por me afastar de tudo que não me faz bem, de quem não é de verdade e retirar toda bagagem pesada que me incomoda pra voltar a sentir alivio em meus passos, paz em meu coração  e sem alarmes preciso descansar e me fazer feliz!

Layssa Santos

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Velha e Louca


Velha e Louca
Malu Magalhães

Pode falar que eu não ligo,
Agora, amigo,
Eu tô em outra,
Eu tô ficando velha,
Eu tô ficando louca.

Pode avisar que eu não vou,
Oh oh oh...
Eu tô na estrada,
Eu nunca sei da hora,
Eu nunca sei de nada.

Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho,
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom.

Pode falar que eu nem ligo,
Agora eu sigo
O meu nariz,
Respiro fundo e canto
Mesmo que um tanto rouca.

Pode falar, não me importa
O que tenho de torta
Eu tenho de feliz,
Eu vou cambaleando
De perna bamba e solta.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Ela e o espelho


Hoje ela acordou, se olhou no espelho e não encontrou mais aquela menina. Tocou em seu rosto, observou seu corpo, olhou de um lado pra o outro, puxou seu cabelo pra lá e pra cá, seus olhos escorregaram para a fotografia que estava na cabeceira. Voltou a observar seu reflexo no espelho e chegou à conclusão que a menina não estava mais lá.
Muitos diziam que isso iria acontecer, mas ela não usou a varinha de condão, nem mágica alguma, apenas a vida sem aviso prévio, sem nem ela mesma perceber transformou aquela garota e um belo dia ela não estava mais ali.
Ela se deu conta que seus sonhos não eram os mesmos, o gosto tão pouco, não usava mais o mesmo corte de cabelo, as roupas eram outras, não ouvia mais a mesma música, o príncipe não era o mesmo. Aliás, ela já nem mais acreditava em príncipes. Procurava o cara normal, que como ela tivesse seus defeitos, mas a fizesse feliz! Na verdade ela não procurava, deixava a vida lhe apresentar. Ela tinha tomado às rédeas de sua vida e tinha entendido que para ser feliz tudo dependia dela. Aprendeu a ser feliz sozinha, se valorizando e o tal cara quando aparecer será apenas para complementar e fazer parte da felicidade e não ser o motivo.
Ela tinha aprendido a rir dela mesma, e ainda em frente ao espelho as horas apressadas, os dias corridos a levaram para ali e quando percebeu a menina tinha saído de cena para a mulher de compromissos, agenda cheia, horas limitadas entrar. O que antes lhe tirava o sono, hoje era motivo de graça.
Ela tinha que estudar, trabalhar, dar conta de tanta coisa que nem parecia mais ser aquela menina que chorava quando ele não ligava, que se enfurecia quando seu pai dizia a hora de chegada, que fazia birra quando sua mãe lhe puxava as orelhas falando aqueles sermões sem fim.
A menina do  all star, agora usava salto alto para seduzir e ficava descalça para encantar. Seus olhos se tornaram mais precisos, decididos sabendo o que quer, mas seu sorriso ainda era o mesmo de moleca.
Ela foi se transformando, se virando em tantas, em mil sem perder sua essência. Era mãe, mas também filha. Era doce, mas também onça de virar a mesa. Era chata, mas sabia provocar sorrisos. Às vezes dava uma de louca, mas também era sóbria, cumpria com seus deveres e compromissos e quando estava esgotada jogava tudo pra o alto e fugia pra um barzinho, pra cama, pra seus braços.
Quando ela se deu conta tudo mudou, tudo havia mudado e ainda se olhando no espelho sorriu. Era como um filme que se passava em sua cabeça trazendo lembranças. E no silêncio afirmava aquilo já lhe diziam: - tudo passa e tudo sempre passará. Nem ela mesma acreditava que tanta coisa iria mudar. Ela agora sacudia sua cabeça como fosse para afastar as lembranças, terminou de passar seu batom e riu mais uma vez e percebeu que às vezes sentia falta de tudo aquilo, então olhou para traz e achou melhor deixar tudo como estava, pois foi à vida seguindo seu rumo certo e lhe levou para ali.
O silêncio foi quebrado pelos sons dos seus passos apressado. E lá ia ela a menina transformada em mulher atrasada para o trabalho pegou a chave do carro e mais uma vez seus pensamentos trouxeram a lembrança de que antes ela brigava com o espelho, hoje o velho amigo lhe mostrou que ela cresceu se tornou uma mulher madura, independente, com tanta responsabilidade, decidida no que quer, se respeitando, gostando dos seus contornos assim como eram, feliz quando podia e quando não podia dava um jeito. Seus pensamentos então ecoaram alto entregando a conversa que ela e o espelho tiveram mais cedo e de sua boca saiu palavras que falavam no tom divertido: Ninguém é igual à vida toda!

Layssa Santos